Credibility at risk for clicks [EN/PT]

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In general, companies face a daily strategic dilemma: prioritize ethical principles or focus their efforts on generating profits? In the journalism sector, this choice has become even more critical. With the rise of social media and the shift in how people consume information, many news outlets have adopted practices aimed almost exclusively at profitability. The result is a decline in editorial quality, replaced by sensational headlines, poorly investigated stories, and journalism increasingly based on volume and speed.
The logic behind profit is simple: more clicks mean more advertising revenue. News websites and portals rely on this to survive. The problem begins when that goal starts to dictate every decision within the company. In this dynamic, the technical and ethical standards that should guide journalistic work are pushed aside—or completely ignored.
Today, it’s common to see headlines that distort information solely to attract clicks. Often, the article’s content does not match what the title suggests. In addition, there is a growing number of stories based on assumptions, unverified sources, or social media rumors. The rush to be the first to publish—even without official confirmation—has become the norm in part of the market.
This kind of practice weakens the credibility of the press and spreads misinformation. Worse yet, when mistakes are made, corrections rarely reach the same audience as the original story, causing irreversible harm to individuals and institutions. Even in the face of complaints and criticism, many outlets continue relying on sensationalism because it provides immediate financial return.
On the other hand, adopting an ethical approach is not always rewarded quickly. Properly investigating a story takes time, a qualified team, and financial investment. Verifying facts with multiple sources, hearing all sides, and providing context are processes that don’t fit into the fast-paced rhythm imposed by many news platforms.
Outlets that choose to remain committed to quality journalism face unfair competition from pages that publish rumors, gossip, or highly sensational content. Additionally, companies that refuse to run certain stories due to lack of verification may lose audience—and, with it, advertisers.
Still, there are ways to reconcile ethics with financial sustainability. Several independent outlets, for example, have invested in direct funding models from their audience, through subscriptions or donations. In these cases, credibility is the main asset. The public paying for information expects editorial responsibility and transparency.
Another important factor is the strengthening of internal conduct policies, with clear guidelines about what is acceptable or not in content production. Ongoing training of teams and thorough editorial review processes are also effective in preventing decisions from being made solely based on reach projections.
Beyond the role of companies, the public also has responsibility. Uncritical consumption of sensationalist news directly contributes to the growth of this type of content. If the most accessed stories are always the most provocative, the market will keep producing more of them. Therefore, audience behavior also shapes the direction journalism takes.
Fact-checking agencies, media literacy initiatives, and the appreciation of outlets that prioritize quality are essential tools for reversing this scenario. The path is complex but necessary. Companies that want to remain relevant in the long term must understand that without ethics, any business model is vulnerable to reputational damage and a loss of public trust.
The choice between ethics and profit should not be a binary one. Companies must seek a balance. Journalism, as a public service, cannot be treated solely as a consumer product. Once lost, credibility is rarely recovered.
All the content, pics and editions are of my authorship.
Written in PT-BR. Translated to EN-US using ChatGPT.
Cover: created by ImageFX.

Empresas, de modo geral, enfrentam diariamente uma questão estratégica: priorizar princípios éticos ou concentrar esforços na geração de lucros? No setor jornalístico, essa escolha se tornou ainda mais crítica. Com a popularização das redes sociais e a mudança na forma como as pessoas consomem informação, muitos veículos passaram a adotar práticas voltadas quase exclusivamente à rentabilidade. O resultado é a queda da qualidade editorial em troca de manchetes apelativas, pautas pouco apuradas e um jornalismo cada vez mais baseado em volume e velocidade.
A lógica do lucro é clara: mais acessos geram mais receita publicitária. Sites e portais de notícias dependem disso para sobreviver. O problema começa quando esse objetivo passa a orientar todas as decisões da empresa. Nessa dinâmica, os critérios técnicos e éticos que deveriam nortear o trabalho jornalístico acabam ficando em segundo plano ou são ignorados por completo.
Hoje, é comum ver manchetes que distorcem informações apenas para atrair cliques. Muitas vezes, o conteúdo da matéria não corresponde ao que o título sugere. Além disso, cresce o número de textos baseados em suposições, fontes não verificadas ou rumores das redes sociais. A pressa por ser o primeiro a publicar, mesmo sem confirmação oficial, virou regra em parte do mercado.
Esse tipo de prática enfraquece a credibilidade da imprensa e gera desinformação. Pior ainda, quando erros são cometidos, as correções geralmente não têm o mesmo alcance que a notícia inicial, o que causa danos irreversíveis a pessoas e instituições. E mesmo diante de reclamações e críticas, muitos veículos continuam recorrendo ao sensacionalismo porque ele gera retorno financeiro imediato.
A adoção de uma postura ética, por outro lado, nem sempre é recompensada de forma rápida. Apurar bem uma matéria demanda tempo, equipe qualificada e investimento. Confirmar informações com diferentes fontes, ouvir todos os lados e contextualizar os fatos são processos que não cabem no ritmo imposto por muitos portais de notícia.
Veículos que decidem manter o compromisso com a informação de qualidade enfrentam uma concorrência desleal com páginas que publicam rumores, fofocas ou conteúdo altamente apelativo. Além disso, empresas que se recusam a publicar determinadas pautas por falta de apuração podem perder audiência — e, com ela, anunciantes.
Ainda assim, há caminhos para conciliar ética e sustentabilidade financeira. Diversos veículos independentes, por exemplo, têm investido em modelos de financiamento direto com o público, por meio de assinaturas ou doações. Nesses casos, a credibilidade é o principal ativo. O público que paga para consumir informação espera responsabilidade editorial e transparência.
Outro ponto importante é o fortalecimento de políticas internas de conduta, com orientações claras sobre o que é aceitável ou não na produção de conteúdo. Treinamento contínuo das equipes e revisão criteriosa das pautas também são formas de evitar que decisões sejam tomadas com base apenas em projeções de alcance.
Além do papel das empresas, há também uma responsabilidade do público. O consumo inconsciente de notícias sensacionalistas contribui diretamente para o crescimento desse tipo de prática. Se os conteúdos mais acessados forem sempre os mais apelativos, o mercado tende a produzir mais desse material. Portanto, o comportamento da audiência também influencia os rumos do jornalismo.
Agências de checagem, iniciativas de educação midiática e a valorização de veículos que prezam pela qualidade são formas de reverter esse cenário. O caminho é complexo, mas necessário. Empresas que desejam se manter relevantes a longo prazo precisam entender que, sem ética, qualquer modelo de negócio está sujeito ao desgaste da imagem e à perda de confiança do público.
A escolha entre ética e lucro não deveria ser excludente. Empresas precisam buscar um ponto de equilíbrio. O jornalismo, como função social, não pode ser tratado apenas como produto de consumo. A credibilidade, uma vez perdida, dificilmente é recuperada.
Todo o conteúdo, imagens e edições são de minha autoria.
Escrito em PT-BR. Traduzido para EN-US usando o ChatGPT.
Capa: criada com ImageFX.
Obrigado por promover a comunidade Hive-BR em suas postagens.
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I agree with you, truly a balance is well needed, because any company that is going against ethics just for the sake of profit will eventually loose its customer base on the long run
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Realmente é complicado como está a mídia hoje em dia, não sei bem quais os princípios ou segmentos éticos eles devem seguir, mas acho que a noticia e os fatos não tem lados, apenas verdades, o que aconteceu aconteceu e acho que essa verdade deve ser sempre transmitida.
Uma forma de carinho e respeito é elogiar quando algo bom é feito e cobrar/dar puxão de orelha quando algo não está e para isso, é obrigatório ter ética e verdade para contar a história como ela aconteceu. Gostei bastante do seu texto! Um abraço.
Clickbait são muito chatos, eu caio em muito deles, mas só fico no começo da noticia. Infelizmente, o jornalismo serio quase não existe mais, as pessoas e as empresas só pensam no lucro.