[EN/PT] Recycling For What?
[EN]
The way human beings consume the planet's resources is unsustainable. Unbridled consumption has led to an increase in waste production, which in many places is disposed of inappropriately. In many situations, a lack of education and environmental awareness means that garbage is dumped in the street or even in front of homes.
The problem of waste disposal is complex. In Brazil, most cities still don't have an efficient selective collection system. There have been attempts to implement them in some regions, but without success. At the university where I studied, for example, a selective collection and conscious disposal project was implemented. Colorful garbage cans were distributed throughout the campuses, identified by type of waste: organic, plastic, paper, electronic and even used cooking oil.
At first glance, the project seemed promising. The university community, made up of educated and theoretically more aware people, had everything to make the initiative work. However, what we saw was disregard. People ignored the guidelines and disposed of the waste anyway. Over time, the project was abandoned. The colored garbage cans are still there, but today they just serve as common containers, without any separation.
Brazil is one of the countries that generates the most plastic waste in the world, but, paradoxically, it is among those that recycle the least. I remember watching a report years ago in which it was said that Brazil recycled a large part of its waste thanks to the work of people in situations of social vulnerability. These scavengers scoured the garbage for recyclable materials such as aluminum, cardboard and plastic. I knew a neighbor who supported her entire family - with around ten children - by scavenging in an open dump.

Today, the authorities no longer allow waste pickers to work in these dumps. In my city, an NGO was set up to organize this work, providing uniforms and wheelbarrows for the waste pickers to work in the streets. However, the project apparently didn't prosper. I rarely see these workers at work these days.
The issue of waste remains a major challenge. In general, ideas and projects come up with good intentions, but implementation comes up against practical and, above all, cultural difficulties. The biggest obstacle in Brazil is the lack of collective awareness. Most people think only of themselves, without considering the impact of their actions on the environment and society.
One example I admire deeply is Japan. There, selective waste collection works excellently. Organization, discipline and environmental education have been part of the citizens' education since childhood. They recycle practically everything, and what can't be reused is incinerated to generate energy. It's a model to be envied.
In my case, the last time I was directly involved in recycling was as a child, when I collected old pots and pans from my grandparents' farm and sold them in town. More recently, I took part in a campaign run by the local electricity company, which offers discounts on electricity bills in exchange for recyclable materials.
I'm sad to see that my country is still a long way from achieving an effective recycling culture. Many programs are launched but soon disappear, swallowed up by a lack of interest, commitment and continuity. Unfortunately, both the public authorities and the population seem increasingly oblivious to the seriousness of this problem.
If you've made it this far, thank you very much for your time and if this content has been useful in any way, please leave your upvote and reblog!
[PT]
A forma como os seres humanos consomem os recursos do planeta é insustentável. O consumo desenfreado tem levado ao aumento da produção de lixo, cujo descarte, em muitos locais, é feito de maneira inadequada. Em várias situações, a falta de educação e consciência ambiental faz com que o lixo seja jogado nas ruas ou até mesmo em frente às próprias residências.
O problema do descarte de resíduos é complexo. No Brasil, a maioria das cidades ainda não conta com um sistema de coleta seletiva eficiente. Houve tentativas de implementação em algumas regiões, mas sem sucesso. Na universidade em que estudei, por exemplo, foi implantado um projeto de coleta seletiva e descarte consciente. Lixeiras coloridas foram distribuídas por todos os campi, identificadas por tipo de resíduo: orgânico, plástico, papel, eletrônico e até óleo de cozinha usado.
À primeira vista, o projeto parecia promissor. A comunidade universitária, composta por pessoas instruídas e teoricamente mais conscientes, tinha tudo para fazer a iniciativa funcionar. No entanto, o que se viu foi o descaso. As pessoas ignoravam as orientações e descartavam os resíduos de qualquer maneira. Com o tempo, o projeto foi abandonado. As lixeiras coloridas ainda estão lá, mas hoje servem apenas como recipientes comuns, sem qualquer separação.
O Brasil é um dos países que mais gera lixo plástico no mundo, mas, paradoxalmente, está entre os que menos reciclam. Lembro-me de ter assistido a uma reportagem, anos atrás, em que se dizia que o Brasil reciclava boa parte de seu lixo graças à atuação de pessoas em situação de vulnerabilidade social. Esses catadores vasculhavam o lixo em busca de materiais recicláveis como alumínio, papelão e plástico. Conheci uma vizinha que sustentou toda a família — com cerca de dez filhos — catando lixo em um lixão a céu aberto.

Hoje, os órgãos competentes não permitem mais a atuação de catadores nesses lixões. Em minha cidade, chegou a ser criada uma ONG para organizar esse trabalho, fornecendo uniformes e carrinhos de mão para que os catadores atuassem nas ruas. Porém, o projeto aparentemente não prosperou. Raramente vejo esses trabalhadores em ação atualmente.
A questão do lixo continua sendo um grande desafio. Em geral, surgem ideias e projetos com boas intenções, mas a execução esbarra em dificuldades práticas e, principalmente, culturais. O maior obstáculo no Brasil é a falta de consciência coletiva. A maioria das pessoas pensa apenas em si mesma, sem considerar o impacto de suas ações no meio ambiente e na sociedade.
Um exemplo que admiro profundamente é o Japão. Lá, a coleta seletiva funciona com excelência. A organização, disciplina e educação ambiental fazem parte da formação dos cidadãos desde a infância. Eles reciclam praticamente tudo, e o que não é reaproveitável é incinerado para gerar energia. É um modelo de dar inveja.
No meu caso, a última vez que me envolvi diretamente com reciclagem foi na infância, quando coletei panelas velhas no sítio dos meus avós e as vendi na cidade. Mais recentemente, participei de uma campanha da companhia elétrica local, que oferece descontos na conta de luz em troca de materiais recicláveis.
Sinto tristeza ao constatar que meu país ainda está longe de alcançar uma cultura de reciclagem efetiva. Muitos programas são lançados, mas logo desaparecem, engolidos pela falta de interesse, comprometimento e continuidade. Infelizmente, tanto o poder público quanto a população parecem cada vez mais alheios à gravidade desse problema.
Se chegou até aqui muito obrigado pelo seu tempo e se de alguma forma este conteúdo foi útil, deixe seu upvote e reblog!
Posted Using INLEO
Obrigado por promover a comunidade Hive-BR em suas postagens.
Vamos seguir fortalecendo a Hive
Bzzzrrr, é verdade, o consumismo insustentável é matéria para reflexão. O Brasil precisa superar a falta de educação ambiental e implementar soluções eficazes para o desvio de resíduos. É impossível simplesmente jogar lixo nas ruas ou em frente às residências. Conversar sobre isso é fundamental!
#hivebr
AI generated content
Commands: !pixbee stop | !pixbee start | !pixbee price
Your post was manually curated by @shiftrox.
Delegate your HP to the hive-br.voter account and earn Hive daily!
🔹 Follow our Curation Trail and don't miss voting! 🔹
Poxa que coisa estranha, a muitos anos que as cidades onde passei tem coleta seletiva. Apesar de que por muito tempo eram as pessoas com necessidades que tinham carrinhos de coleta e passavam pelas ruas, hoje elas se organizaram e tem caminhões (velhos) coletando material. Bem diferente né.
!BBH
!PIZZA
Aqui depende muito do local. Na capital (Aracaju) possa ser que as coisas sejam mais organizadas. Mas, nas cidades mais pequenas a coleta é apenas o caminhão do lixo coletar e levar para outro local. Antes você via mais pessoas catando o lixo para vender no ferro velho, pessoas que passam necessidade ou tem uma condição financeira pior. Com os programas do governo nem isso o pessoal faz mais, diminui bastante a quantidade de pessoas que recicla o lixo por necessidade (isso é ruim para o meio ambiente e dar um certa leveza na vida dessas pessoas)
Ai realmente é uma situação crítica. Precisa de uma intervenção governamental para fazer acontecer diferente. Se não daqui a pouco vira uma Balneário Camboriú e as praias vão estar poluídas, ai mata o turismo!
$PIZZA slices delivered:
@crazyphantombr(1/10) tipped @elderdark
Moon is coming